quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Lições de Arquitetura

Herman Hertzberger, arquiteto holandês, desenvolve em seu livro "Lições de Arquitetura" uma série de idéias sobre a multifuncionalidade de ambientes e a interatividade que deve ser possível neles. Retrata conceitos de urdidura e trama, equilíbrio entre o limite e a liberdade que a pessoa deve exercer, e como o arquiteto pode fazer para que isso funcione. O livro contem muitos exemplos das idéias que ele defende com ilustrações. Foi muito boa essa leitura para mudar meu conceito de arquitetura e quão grande pode ser o poder do arquiteto nos espaços. Ao mesmo tempo que uma rquiteto precisa ser racional, ele precisa ter sensibilidade para entender quanto deve intervir e ousadia para algumas de suas idéias realmente funcionem.

Panorama Praça Benjamim Guimarães (ABC)


Em 1922, aconteceram grandes comemorações pelo centenário da Independência do Brasil. Decidiu-se, então, fazer um monumento para celebrar o acontecimento. O local escolhido para abrigá-lo foi a principal praça da cidade – 12 de outubro. Como acharam inadequado um monumento em homenagem ao centenário da independência em uma praça chamada 12 de Outubro, realizaram a troca dos nomes. A 12 de Outubro passou a se chamar 7 de Setembro e vice-versa. A Praça que passou a se chamar 12 de Outubro, chama-se hoje Benjamim Guimarães, mas, popularmente, é conhecida por Praça ABC.


Oi Futuro

"Construído sobre o conceito de hipertexto - camadas de informação que o visitante vai descobrindo da forma que desejar -, o Museu de Telecomunicações coloca-se a serviço da convergência, marca principal do OI Futuro, ao trazer para o presente todos os tempos e olhares: do telefone, com "ph" e pés de ferro, ao celular que transmite voz, dados, imagens, textos, músicas, e-mails e tudo mais que vem por aí, nesse admirável mundo novo da comunicação humana."
A visita ao museu foi muito interessante. Nós nos deparamos com vários tempos, épocas, tecnologias, que podiam ser descobertas de forma linear ou guiada pela nossa curiosidade. Como eram muitas informações reunidas, não deu para absorver todo o conteúdo, mas algumas janelas me chamou mais atenção. Uma delas foi a sala "Profetas do futuro" a qual são apresentados os sonhos e ideais de alguns gênios que marcaram a história, como Albert Einstein e Oscar Niemeyer. Uma outra foi o espaço "A rede" que retrata sobre a tecnologia atual que nos leva a pensar.
O mais interessante é que, mesmo nós visitando o Museu em grupo, a minha visita é individual, através dos pickups que recebemos na entrada.

Visita ao Museu de Arte da Pampulha

Sexta-feira, dia 5 de setembro, fomos ao Museu de Arte da Pampulha e tivemos a oportunidade de conhecer mais sobre a história e a estrutura desse edifício. A primeira atividade do dia foi observar livremente o exterior e o interior do museu e tirar fotos. Depois disso, os professores comentaram rapidamente as características do local e pediram para que nós, alunos, déssemos outra volta, observando detalhadamente e analisando o lugar com base do que foi dito, reparando sua forma, disposição dos ambientes, as obras expostas e também tirar novas fotos procurando ângulos diferentes, tentando realçar determinadas características. E, assim, as fotos ficaram muito mais interessantes. Após isso, sentamos em círculo para discutirmos o que cada um observou e achou interessante. Depois de vários pontos de vistas e comentários serem apresentados, os professores deram suas opiniões sobre o lugar e contaram algumas curiosidades e a história do Museu. Para finalizar, os professores lançaram a atividade de escolher 5 detalhes na edificação que evidenciavam alguma característica nela. Depois, cada aluno se reuniu com sua dupla e explicaram e discutiram os detalhes escolhidos. Os detalhes eram para ser registrados através de desenho à mão livre, um croqui. Os detalhes escolhidos por mim e pela minha dupla, Luisa, foram o piso, palco e teto da ex-boate, escada, marquise, camarim, caminho de pedras no jardim e uma curva na parede. O detalhe mais interessante é a marquise que demonstra que desde da entrada a pessoa percebe a assimetria do museu.



História

"Localizado no conjunto arquitetônico da Pampulha, projetado por Oscar Niemeyer (1907) entre 1942 e 1944, o Museu de Arte da Pampulha - MAP é inaugurado em 1956 no edifício onde funciona um cassino, que, com a proibição do jogo no país em 1946, fecha suas portas. O projeto de criação de um museu de arte moderna e contemporânea em Belo Horizonte visa atualizar culturalmente a capital mineira, que nos anos 1940 e 1950 assiste à significativa expansão física e populacional. Além de novos bairros - por exemplo, a Pampulha e Cidade Jardim, zonas residenciais de elite - o período conhece a instituição da Cidade Universitária (1944/1951) e de um distrito industrial, batizado de Cidade Industrial. Do ponto de vista artístico, a experiência da Escola Guignard, dirigida por Guignard (1896 - 1962), funciona como um espaço catalisador da produção local e formador de gerações de artistas plásticos de renome, como Amilcar de Castro (1920 - 2002), Farnese de Andrade (1926 - 1996), Franz Weissmann (1911 - 2005), Mary Vieira (1927 - 2001), Maria Helena Andrés (1922), Mário Silésio (1913 - 1990), entre muitos outros. A renovação cultural na época pode ser também aferida pelos projetos arquitetônicos de Eduardo Mendes Gusmão e Sylvio Vasconcellos e pelas revistas Edifício e Arquitetura e Engenharia, que dinamizam os debates sobre urbanismo, arte e arquitetura. A modernização do teatro com João Ceschiatti, João Etienne Filho e Pontes de Paula Lima, e a criação do Centro de Estudos Cinematográficos e da Revista de Cinema são outras iniciativas que permitem aferir a temperatura artística na cidade. Em relação às artes plásticas, destaca-se a 1ª Exposição de Arte Moderna, em 1944, com a participação de artistas de várias regiões do Brasil.
Fruto de uma encomenda do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitscheck (1902 - 1976), para a construção de uma série de edifícios em torno de um lago artificial, o complexo da Pampulha prevê cinco edifícios: um cassino, um clube de elite, um salão de danças popular, uma igreja e um hotel, que não foi construído. A obra é projetada como um conjunto em que cada elemento é visto de forma independente e autônoma. Além disso, os edifícios são pensados em estreita relação com o entorno, que fornece a moldura natural e a inspiração para os desenhos e plantas. O centro do projeto, de acordo com a encomenda, deve ser o cassino. Não é à toa que ele tenha sido o primeiro edifício a ser construído. Do alto da península que domina o lago, o prédio do cassino é concebido a partir da alternância de volumes planos e curvos, de jogos de luz e sombra. O bloco posterior em semicírculo estabelece um contraponto em relação à ortogonalidade do salão de jogos. O rigor das retas é quebrado pela parede curva do térreo e pela marquise irregular. O sentido vertical em que estão dispostos os caixilhos, por sua vez, se opõe à horizontalidade da construção. As superfícies envidraçadas e as finas colunas que sustentam a marquise são outros elementos a dotar de leveza o conjunto. O uso do vidro - também na escadaria que liga o restaurante ao terraço - é mobilizado em função da luz e da comunicação entre interior e exterior. Nos jardins projetados por
Burle Marx (1909 - 1994), esculturas de August Zamoyski (1893 - 1970), José Pedrosa (1915 - 2002) e Alfredo Ceschiatti (1918 - 1989).
O MAP - que passa a ser administrado pela Secretaria Municipal de Cultura - se destaca, sobretudo, pela organização de exposições dedicadas à arte contemporânea, nem tanto por seu acervo, formado por doações e pela atuação da Associação dos Amigos do MAP. O que não quer dizer que o museu não possua obras de artistas importantes, como
Candido Portinari (1903 - 1962), Di Cavalcanti (1897 - 1976), Guignard, Alfredo Volpi (1896 - 1988), Oswaldo Goeldi (1895 - 1961), Antonio Dias (1944), Ivan Serpa (1923 - 1973), Tomie Ohtake (1913), entre outros. Os sérios obstáculos à ampliação e conservação do acervo e as necessidades de modernização do espaço do museu levam à grande reforma de 1996, viabilizada pelo patrocínio do Banco Real e da Fundação Roberto Marinho. A partir desse momento, o museu conta com salas multimídia, biblioteca, café, bar, lojas etc., e tem sua infra-estrutura técnica e organização museológica renovadas. Exposições periódicas com obras do acervo, além da divulgação da produção contemporânea, fazem parte da agenda do museu, que ajuda a promover ainda o Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte e o Projeto Pampulha, do qual faz parte a Bolsa Pampulha para jovens artistas. Desde 1994 o museu está protegido por tombamento federal." http://www.itaucultural.org.br/AplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=instituicoes_texto&cd_verbete=4992