quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Visita ao Museu de Arte da Pampulha

Sexta-feira, dia 5 de setembro, fomos ao Museu de Arte da Pampulha e tivemos a oportunidade de conhecer mais sobre a história e a estrutura desse edifício. A primeira atividade do dia foi observar livremente o exterior e o interior do museu e tirar fotos. Depois disso, os professores comentaram rapidamente as características do local e pediram para que nós, alunos, déssemos outra volta, observando detalhadamente e analisando o lugar com base do que foi dito, reparando sua forma, disposição dos ambientes, as obras expostas e também tirar novas fotos procurando ângulos diferentes, tentando realçar determinadas características. E, assim, as fotos ficaram muito mais interessantes. Após isso, sentamos em círculo para discutirmos o que cada um observou e achou interessante. Depois de vários pontos de vistas e comentários serem apresentados, os professores deram suas opiniões sobre o lugar e contaram algumas curiosidades e a história do Museu. Para finalizar, os professores lançaram a atividade de escolher 5 detalhes na edificação que evidenciavam alguma característica nela. Depois, cada aluno se reuniu com sua dupla e explicaram e discutiram os detalhes escolhidos. Os detalhes eram para ser registrados através de desenho à mão livre, um croqui. Os detalhes escolhidos por mim e pela minha dupla, Luisa, foram o piso, palco e teto da ex-boate, escada, marquise, camarim, caminho de pedras no jardim e uma curva na parede. O detalhe mais interessante é a marquise que demonstra que desde da entrada a pessoa percebe a assimetria do museu.



História

"Localizado no conjunto arquitetônico da Pampulha, projetado por Oscar Niemeyer (1907) entre 1942 e 1944, o Museu de Arte da Pampulha - MAP é inaugurado em 1956 no edifício onde funciona um cassino, que, com a proibição do jogo no país em 1946, fecha suas portas. O projeto de criação de um museu de arte moderna e contemporânea em Belo Horizonte visa atualizar culturalmente a capital mineira, que nos anos 1940 e 1950 assiste à significativa expansão física e populacional. Além de novos bairros - por exemplo, a Pampulha e Cidade Jardim, zonas residenciais de elite - o período conhece a instituição da Cidade Universitária (1944/1951) e de um distrito industrial, batizado de Cidade Industrial. Do ponto de vista artístico, a experiência da Escola Guignard, dirigida por Guignard (1896 - 1962), funciona como um espaço catalisador da produção local e formador de gerações de artistas plásticos de renome, como Amilcar de Castro (1920 - 2002), Farnese de Andrade (1926 - 1996), Franz Weissmann (1911 - 2005), Mary Vieira (1927 - 2001), Maria Helena Andrés (1922), Mário Silésio (1913 - 1990), entre muitos outros. A renovação cultural na época pode ser também aferida pelos projetos arquitetônicos de Eduardo Mendes Gusmão e Sylvio Vasconcellos e pelas revistas Edifício e Arquitetura e Engenharia, que dinamizam os debates sobre urbanismo, arte e arquitetura. A modernização do teatro com João Ceschiatti, João Etienne Filho e Pontes de Paula Lima, e a criação do Centro de Estudos Cinematográficos e da Revista de Cinema são outras iniciativas que permitem aferir a temperatura artística na cidade. Em relação às artes plásticas, destaca-se a 1ª Exposição de Arte Moderna, em 1944, com a participação de artistas de várias regiões do Brasil.
Fruto de uma encomenda do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitscheck (1902 - 1976), para a construção de uma série de edifícios em torno de um lago artificial, o complexo da Pampulha prevê cinco edifícios: um cassino, um clube de elite, um salão de danças popular, uma igreja e um hotel, que não foi construído. A obra é projetada como um conjunto em que cada elemento é visto de forma independente e autônoma. Além disso, os edifícios são pensados em estreita relação com o entorno, que fornece a moldura natural e a inspiração para os desenhos e plantas. O centro do projeto, de acordo com a encomenda, deve ser o cassino. Não é à toa que ele tenha sido o primeiro edifício a ser construído. Do alto da península que domina o lago, o prédio do cassino é concebido a partir da alternância de volumes planos e curvos, de jogos de luz e sombra. O bloco posterior em semicírculo estabelece um contraponto em relação à ortogonalidade do salão de jogos. O rigor das retas é quebrado pela parede curva do térreo e pela marquise irregular. O sentido vertical em que estão dispostos os caixilhos, por sua vez, se opõe à horizontalidade da construção. As superfícies envidraçadas e as finas colunas que sustentam a marquise são outros elementos a dotar de leveza o conjunto. O uso do vidro - também na escadaria que liga o restaurante ao terraço - é mobilizado em função da luz e da comunicação entre interior e exterior. Nos jardins projetados por
Burle Marx (1909 - 1994), esculturas de August Zamoyski (1893 - 1970), José Pedrosa (1915 - 2002) e Alfredo Ceschiatti (1918 - 1989).
O MAP - que passa a ser administrado pela Secretaria Municipal de Cultura - se destaca, sobretudo, pela organização de exposições dedicadas à arte contemporânea, nem tanto por seu acervo, formado por doações e pela atuação da Associação dos Amigos do MAP. O que não quer dizer que o museu não possua obras de artistas importantes, como
Candido Portinari (1903 - 1962), Di Cavalcanti (1897 - 1976), Guignard, Alfredo Volpi (1896 - 1988), Oswaldo Goeldi (1895 - 1961), Antonio Dias (1944), Ivan Serpa (1923 - 1973), Tomie Ohtake (1913), entre outros. Os sérios obstáculos à ampliação e conservação do acervo e as necessidades de modernização do espaço do museu levam à grande reforma de 1996, viabilizada pelo patrocínio do Banco Real e da Fundação Roberto Marinho. A partir desse momento, o museu conta com salas multimídia, biblioteca, café, bar, lojas etc., e tem sua infra-estrutura técnica e organização museológica renovadas. Exposições periódicas com obras do acervo, além da divulgação da produção contemporânea, fazem parte da agenda do museu, que ajuda a promover ainda o Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte e o Projeto Pampulha, do qual faz parte a Bolsa Pampulha para jovens artistas. Desde 1994 o museu está protegido por tombamento federal." http://www.itaucultural.org.br/AplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=instituicoes_texto&cd_verbete=4992


Um comentário:

canhoto disse...

Não tenho nada a ver com a propaganda do evento q vai rolar. Mas enfim, vc deve gostar...

Lançamento do livro

Da matéria à invenção: as obras de Oscar Niemeyer em Minas Gerais - 1938-1955 (de Danilo Matoso Macedo)
Editado pela Coordenação de Publicações da Câmara dos Deputados

13 de setembro de 2008, sábado
16h - Palestra
17h - Coquetel

Casa do Baile
Av. Otacílio Negrão de Lima, 751 - Pampulha
Belo Horizonte - MG

abç